segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Semântica, filologia, lexicografia e outros assuntos dos quais nada sei


Eu compito, tu competes, ele compete...

Compito?!?

Às vezes me pergunto como certas palavras adquiriram seus significados.
Prevaricação, acutirrostro, farromeiro, repristinação...

Como pode uma sequência de sons, muitas vezes cacofônica, remeter-se a ação, objeto etc?

Dicionários respondem com fenômenos lingüísticos, históricos, culturais; mas não tiram minha inquietação com essa curiosa vinculação.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sobre traição e lealdade (ou Crime e Castigo)



Uma história que ouvi recentemente me fez pensar no assunto. Não era assunto raro nos meus pensamentos mas, para minha própria sanidade, evitei por muito tempo.


...a gente nunca espera a traição, não é? Mesmo porque, se esperasse, não tinha porque namorar. Continuamente 'ficaríamos' com outros. Por mais que eu considere possível a hipótese de trair e ser traído, não sou hipócrita, não acho que valha a pena: tanto pelo mal que vai causar para o outro, para a relação e também para mim. São duas coisas para se pesar: a satisfação momentânea de um impulso e o namoro/encanto/respeito/etc... mas tudo isso varia, hoje eu sei, de relacionamento para relacionamento. Por isso devemos procurar alguém que compartilhe valores próximos.

O que me surpreende nas histórias que ouço por aí é: o que incomoda não é fazer, é ter que contar a traição para o outro. Isso eu não entendo. Como se, depois de fazer, não existisse uma verdade para se enfrentar. Não dizer não significa que a coisa não tenha sido feita. A verdade é uma só, dita ou não.

Se eu fosse dar vazão a todos meus impulsos, estava preso. Ou rico. Ou doente. Sei lá. Um pouquinho de respeito ao que eu acho importante me faz bem. E o outro agradece, tenho certeza.

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E um pouco de sabedoria popular: "Trair e coçar, é só começar".