quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Das amizades

Natal faz a gente pensar na importância das pessoas que amamos. Poderia escrever aqui sobre a família, mas preferi o tema amigos.

Há amigos de todos os tipos, para todos os momentos. Felizmente, estou rodeado de uma meia dúzia daqueles que, me amando há tanto tempo, me dizem não só o que eu quero ouvir, mas o que preciso ouvir. Os de outro tipo, geralmente de amizades mais novas, quase sempre nos agradam com as palavras certas, com a compreensão a todo momento, mas ainda não gozam da estabilidade que os tempos (bons e ruins) trazem. Isto porque, com o amor, com o querer bem, vem custos: divergências, críticas, implicâncias, manias, excentricidades etc.

Acredito que só ousamos proferir palavras duras contra aqueles com quem realmente nos importamos. Afinal, quantas vezes não nos foi muito mais confortável virar as costas e levantar os ombros para aquelas figuras desimportantes que um dia nos aborreceram e sequer deixaram seu nome nas nossas memórias?

Enfim, resumindo pra quem ficou com preguiça de ler tudo: palavras doces e perfeitas para momentos difíceis nem sempre são o que parecem ser. As intenções humanas são um oceano turbulento cuja profundidade e natureza não ousamos sequer imaginar.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Apreciando a impermanência

Há pouco eu estava no jardim aproveitando uns minutos de sol e observando as plantas quando um passarinho muito do formoso apareceu. Parecia me encarar e até mesmo me perguntar o motivo do que talvez ele soubesse eu estar sentindo. Que lindo era e que mágico nossos olhares se cruzarem. Senti paz, felicidade, amor e tudo de bom que pode existir.

Por um segundo desviei o olhar e lá não estava mais ele.



Fiquei triste? Não. Como todas as coisas, impermanentes, restou a memória daqueles segundos mágicos. O passado virou lembrança e o futuro não é nem idéia. O que existe é o presente. Aproveitemos!