quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Futebol (post a la twitter)

Precisa tanto barulho por conta de uma bola e (atualização: quase) duas dúzias (são 24 mesmo, certo? - atualização: corrigindo: 22) de homens de lá para cá? Saco.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Das gentilezas

Não sei vocês, mas quando alguém insiste em me pedir algo tipo presente de aniversário (que ainda nem chegou) ou então se pergunta repetidamente se eu gosto ou amo ou senti saudades ou se ele/a fez falta, eu perco o tesão total.

Me dei conta disso depois de tantas vezes a minha faxineira me pedir uma bolsa, ou isso ou aquilo, porque o aniversário estava chegando, dela ou do filho ou da filha ou do vizinho. Como se eu tivesse obrigação de dar algo. Não tive nem vontade de ir atrás do tal presente.


Também me frustro com frequência aguardando gentilezas que nos deveriam ser dadas por livre e espontânea vontade, aqueles pequenos gestos que muitas vezes esperamos inutilmente. Uma porta aberta, um 'você primeiro', um 'hoje eu pago', um 'você está precisando de algo?', 'Está tudo bem?'. Não perguntas ou discursos retóricos, mas gestos de fato. Não adianta nada você perguntar se a outra pessoa quer um gentileza. Simplesmente faça, oras!

Pronto, desabafei.

Teste: Nihil durare potest tempore perpetuo.

Faça o seguinte: Perca todos os números do seu celular, folhas da agenda com eventuais números guardados, endereços de e-mail e trabalhe compulsivamente 10 horas por dia, deixando pouco tempo livre para diversão. Deixe passar uns dois meses nesse ritmo.

Quantas pessoas te ligaram só para dar um 'alô' ou escreveram um 'oi'?

Guardamos tantos números e dados desnecessários. É preciso um acidente como perder o celular para se dar conta disso. Mas, no meu caso, fui um pouco além. Percebi também que, de tempos em tempos, é bom 'recadastrar'. Vocábulo roubado de uma amiga que vocês não conhecem não que, basicamente, resume o fato de que nem amigos são para sempre. É preciso recadastrar aqueles que estão na categoria 'amigos' só por força do hábito, enquanto alguns novos colegas tanto se esforçam para demonstrar carinho e preocupação, o que os faz merecedores de um upgrade.

Recadastrando aqui.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Diálogo

“Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. E o homem lhe retribuiu o favor”
(Voltaire)


Deus: Meu filho, o que te aflige?

Homem: Senhor, todo poderoso, onipresente e onisciente, por que não atende meus pedidos? Por que não me ilumina este caminho tão sombrio que venho percorrendo? Por que não me poupa de tanto sofrimento e me revela a verdade, toda a verdade que preciso saber para poder tomar a decisão mais sábia?

Deus: Filho, conhecesses tu os pensamentos alheios: o que pensa de ti o teu pai quando erras, não obstante seus conselhos; a tua mulher, quando falhas, apesar de todo o amor que te dá; o teu filho, quando dizes não, ainda que pudesses fazê-lo diferente; ainda assim os amarias?

Homem: ...

Deus: Mesmo sabendo que eles te amam, fraquejarias e, talvez, perderias neles toda a fé. E o que sobraria? É esse preço que quereis pagar? A troco de quê?



Homem: ...

terça-feira, 12 de maio de 2009

O tempo

Já escrevi antes sobre ele aqui e aqui. As abordagens foram bem distintas, mas o tema nunca saiu da minha agenda.

Dizem por aí que o tempo tudo conserta. É verdade. Mas também é verdade que ele pode estragar tudo de vez. Acho que tudo depende do ponto de vista, não é?

Sempre defendi que somos responsáveis por tudo aquilo que nos acontece. O tempo é só meio para ajudar a cicatrizar os males e consolidar as decisões. Mas ele sozinho nada faz. Deixar as coisas se resolverem é covardia. Mas quem nunca fez isso que atire a primeira pedra!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Word of the day: Fidelity

Eu adoro o 'word of the day' do Merriam Webster's. Recebo todo dia uma palavra em inglês com a sua pronúncia, significado, exemplo de usos e etimologia. Pra se cadastrar e receber gratuitamente a palavra do dia é só ir aqui. Hoje, curiosamente, a palavra foi fidelidade:

fidelity \fuh-DELL-uh-tee\ noun
*1 : the quality or state of being faithful
2 : accuracy

Example sentence:
Jake's fidelity to his employer was severely tested when he received a tempting offer from another company.

Did you know?
You can have faith in "fidelity," which has existed in English since the 15th century; its etymological path winds back through Middle English and Middle French, eventually arriving at the Latin verb "fidere," meaning "to trust." "Fidere" is also an ancestor of other English words associated with trust or faith, such as "fiduciary" (which means "of, relating to, or involving a confidence or trust" and is often used in the context of a monetary trust) and "confide" (meaning "to trust" or "to show trust by imparting secrets"). Nowadays "fidelity" is often used in reference to recording and broadcast devices, conveying the idea that a broadcast or recording is "faithful" to the live sound or picture that it reproduces.

Pergunto: Como é que as pessoas expressavam a sua fidelidade em inglês antes do século 15, hein?

E o vento trouxe de volta

Sempre deixei bem claro que a felicidade não me é muito produtiva aqui. Por isso estou de volta e me justifico pela ausência recente: Era feliz e não sabia. Too late, probably...

Apenas queria registrar, para me forçar a voltar aqui e refletir*, que meu caderninho de anotações está cheio de material para a semana.

* escrever no meu blog é um ótimo exercício de reflexão, pois ouvir/ler as minhas vozes interiores às vezes soa algo ridículo, o que me faz repensar algumas certezas outrora tão firmes; também ouvir as opiniões alheias, quase sempre de pessoas que mal têm - ou tem? é acento diferencial? caiu? - conhecimento do que está acontecendo, também força refletir sobre pontos que não havia considerado anteriormente. Essa exposição me força a pensar bem antes de defender minhas crenças e opiniões. Aliás, seria muito fácil me encastelar com certezas e não pô-las à prova. Li recentemente, aliás, que as crises são excelentes oportunidades para crescimento. Era alguém falando sobre a crise econômica, mas acho que isso vale para a vida pessoal também. Das crises vêm desafios, saímos da rotina. E meu lado Pollyanna me diz que a única crise verdadeira é a não querer lutar para superá-la.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre 'approaches': sucessos e desilusões.

Duas crianças estrangeiras, irmãs, provavelmente suecas, ou holandesas, ou húngaras, brincam durante voo. A brincadeira: traduzir palavras de um idioma estranho para o inglês. Tudo feito de maneira comedida e exemplarmente educada. Eram bilingues. Tinham pouco mais de cinco anos e falavam com a mãe no seu idioma e entre si em inglês.

No banco de trás delas, diferentemente, uma criança brasileira, de uns 4 anos, conversa com a mãe em um tom de voz que até o piloto podia ouvir. Em certo momento, ela tenta puxar um papo com as duas crianças estrangeiras: "Oi?". A tentativa se repete a cada 15 segundos durante metade do voo, sem sucesso.

Então ouço: - "Why does she keep doing that, mom?"
E a brasileira: - "Oi?", "Oi?", "Mãe, porque eles não falam comigo?" "Oi?"
A mãe da brasileirinha ainda estimula: "Diga 'Hello' porque elas são estrangeiras, filhinha"
- "Hello?", "Oi?"

Em um momento de sinceridade que parece ser dado apenas às crianças, ouve-se: - "Eu não querrrr falar".

Metade do avião caiu no riso.

Refleti sobre esse nosso hábito de achar que é dever dos outros nos tratarem bem só porque estamos sendo simpáticos, de corresponder às nossas expectativas. Não nos ensinam que nem sempre os outros estão 'a fim', e isso não é de forma alguma um problema. Precisamos aprender a respeitar os outros, seus espaços e formas diferentes de pensar. Eu teria perdido muito menos tempo se soubesse isso antes.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Selo de qualidade


Recebi da Jane o selo acima (obrigado!) com as seguintes regras que humildemente cumpro agora:

- Falar 6 coisas deliciosas na vida: tocar piano; ouvir música; comer e beber bem acompanhado de amigos; sexo com amor; viajar; tomar um banho longo, passar cremes e perfumes, arrumar o cabelo (tá, tá; não precisam comentar, eu sei ler seus 'balõezinhos') e sentir-se bonito para alguém.
- Postar as regras para que os outros as repassem;
- Inserir o selinho que você recebeu;
- Escrever uma frase, citar um título ou contar uma historinha sobre 6 assuntos nos seguintes segmentos: vida, cinema, literatura, viagem, amor e sexo.

- VIDA - Aos 15 eu tinha certeza que a minha não passaria dos 19.

- CINEMA - A paixão veio tarde, depois dos 20, acreditem! Ainda estou correndo atrás dessa deficiência (dentre tantas outras). Antes dessa idade só tinha visto em salas de cinema filmes da Xuxa e dos Trapalhões. Ahn, vi também Meu primeiro amor no cinema, em 94, aos 14 anos, com minha sobrinha de 8. Acho que dei vexame.

- LITERATURA - Também demorei pra me deixar envolver pelos seus encantos. Tinha muita dificuldade de leitura até entrar na faculdade. Era capaz de ler um livro inteiro sem saber do que se tratava. Tive que aprender primeiro a controlar minha ansiedade e concentração. Hoje sou capaz de reler 15 vezes um parágrafo que tenha me tocado, encontrando a cada leitura uma novidade. Ahn, eu sublinho em todos os meus livros os trechos que mais gosto. São minhas paixões: Gabriel García Marquez, Oscar Wilde e Machado de Assis. Thomas Mann e Dostoiévski também me encantam.

- VIAGEM - Oportunidade de auto-conhecimento. Adoro caminhar sem rumo em cidades desconhecidas onde se falem idiomas que eu não domino. A sensação de deslocamento/estranhamento é uma experiência ímpar.

- AMOR - Conheci cedo, talvez cedo demais. Primeiro, o amor à terra natal (Floripa), quando fui forçado a deixá-la aos 15 anos. Depois, à música, aos amigos e, enfim, o erótico. Neste último ainda não tive tempo de entender o que me acontece que me faz sentir tão diferente dos outros: amor e paixão vêm juntos, de forma que quando um parece fraquejar, o outro pega fogo.

- SEXO - I like it! Mas o tempo foi passando e o assunto acima e este me parecem cada vez mais vinculados.
Não sei se fui muito fiel às instruções, tampouco original, mas foi o que me veio à cabeça hoje.

São meus blogs indicados os seguintes, de produtivas e sensíveis blogueiras, minhas leituras obrigatórias:

Probóscida, da Marcya Reis; e
MCDQEPD (só a sigla, porque o nome é, convenhamos, imeeenso), da Mari Ceratti.

terça-feira, 31 de março de 2009

Moto perpétuo

Acho que até Deus cansou de tentar ser criativo. As histórias vão se repetindo. É tudo um pouco mais do mesmo.

Repito nesta semana um(a) 'viaje del olvido', a mesma de Fermina Daza no Amor nos Tempos do Cólera (imposição do seu pai para esquecer uma história de amor) e a mesma que fiz em 2004 para esquecer um amor contrariado (sim, seu destino tem cheiro de amêndoas amargas*!), com suas dolorosas idas e vindas. Vou ser padrinho de casamento de alguém que amo e para isso precisarei viajar. Vou perder a cerimônia (desta vez fraturei o braço e provavelmente não possa ser padrinho; em 2004 o taxista não encontrou o local da cerimônia). Espero que daqui pra frente outros detalhes não se repitam.

Só sei que tudo fica bem no final. Pra mim, com certeza.


* HCN - gás cianídrico

quinta-feira, 26 de março de 2009

Confissão

Como todo bom brasileiro, eu acredito em milagres.

terça-feira, 24 de março de 2009

Meu braço direito

Como costuma acontecer, só me dei conta da sua importância depois que o perdi.

Um brincadeirinha ingênua (não acreditava que aquilo poderia fazer tamanho mal) e o resultado foi trágico: duas semanas sem poder trabalhar, tocar piano, malhar, nadar, correr, pegar sol, passar tranquilamente o fio dental, ou arrumar o cabelo, ou espremer cravos... um pulinho só (de patins), uma queda de mal jeito e 'puf': duas semanas de molho em casa com o braço direito inteiro engessado.

Ainda bem que, diferentemente das nossas perdas e ganhos diários, essa não foi definitiva. Domingo eu tiro o gesso (faltam 106 horas!). Mas foi o suficiente pra nunca mais eu esquecer o quanto preciso dele, pra agradecer sua perfeição diariamente, cruzando as mãos (porque ainda as tenho) aos céus.

Tá, eu ainda não tenho pleno domínio das poliritmias, nem do staccato, nem do legato ao piano. Mas ao menos podia me aventurar no imenso repertório desse instrumento. Agora tenho o quê? O Concerto de Ravel pra mão esquerda... o de Prokofiev? ...e...? Não dá, não dá! Semana que vem vou escolher uma Sonata de Beethoven para presentear minha mão direita!

Além de todas essas dificuldades, percebi o quanto precisamos dos outros. Amigos vieram pra fazer lanches comigo, houve os que me ajudaram com o banho, os que me ajudaram com o cabelo e aqueles que simplesmente vieram pra ver se eu estava bem.

Ninguém é uma ilha, embora no passado eu quisesse acreditar nisso.

PS: indo para o hospital hoje, caía uma chuvinha, nada demais. Pensei: vou economizar um pouco e vou de ônibus, pois são apenas 4 quadras daqui de casa. Chegando no ponto de ônibus, cai o céu. As ruas viram rios. Não preciso dizer que fiquei encharcado. Todo mundo me olhando com cara de piedade (odeio!) e um senhor me pergunta: "caiu de moto?". "não, de patins". Ele tentou segurar o riso. Consegui ler seus pensamentos: "bichinha". Cheguei no hospital e me senti um Josué às avessas com o Jordão se abrindo atrás de mim, após tê-lo atravessado a nado com o braço direito engessado. E o sol também apareceu para zombar de mim. Paciência, viu?

Atualização em 30/03: mais 2 semanas de gesso, pois a fratura piorou. Cada dia que passa fica mais claro quem se importa e quem está apenas de passagem...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Moicano for dummies

1º - Seque, usando um bom secador com difusor. Use escova de cerdas curtas. No começo quente e no final frio. Se você não souber o que estou falando, desista agora.
2º - Chapinha ajuda. Deixe seu preconceito de lado e use para dar mais firmeza ao penteado.
3º - Bagunce o cabelo com cera. Nao emplastre nem murrinhe. Muito deixa o cabelo pesado e pouco faz com que o cabelo perca logo o formato desejado.
4º - Laquê. Passe aos poucos, pra não deixar o cabelo úmido e fazer com que o troço todo desande. Deixe secar entre a primeira e segunda mão. Se for pra algum lugar fechado onde as pessoas fumem, use neutralizador de odores.

Outras diquinhas: Mantenha pessoas que te cumprimentam passando a mão no seu cabelo longe, muito longe. E desista de ir ao cinema (com o penteado, claro): é o cabelo ou o cinema. E se for passar a noite com alguém pela primeira vez, lave o cabelo antes de dormir. Se não der tempo, acorde antes dele(a), tome um banho (aproveite e escove os dentes, porque mau hálito não dá), tire bem toda essa meleca do cabelo (um removedor de resíduos vai bem), hidrate, seque e volte pra cama sem acordá-lo(a).

Faltou algo?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Le Petit Prince

Pensei muito nele recentemente. Tentando racionalizar os ensinamentos recentes da vida, lembrei de um trechinho do livro:

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."


Algo difícil no atual império da superficialidade. Chamamos de amigos e amores aqueles que mal conhecemos. Mas não era bem sobre esse aspecto que eu queria me debruçar.

Vamos lembrar do livro: O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto (algo como a minha quitinete de 26 metros quadrados).

Tinha também uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.



É...não adianta queremos mostrar pra alguém o que realmente é importante na vida.
Cada um vai construindo sua verdade à sua maneira. E isso é auto-conhecimento. Não por manuais de auto-ajuda, mas pela reflexão constante (ideal que fosse leve) sobre o que se nos acontece e rodeia. É viver conscientemente o passar do tempo.

Dito isso, algumas constatações: nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas e esses julgamentos nos levam à solidão. Nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos. E não precisava do livro para nos lembrar que a rosa tem uma vida curta...


Assim veio a minha total sintonia com o trechinho do livro:
"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

terça-feira, 10 de março de 2009

Sobre tombos e túmulos


Coyote, desista!
Você sempre se ferra no final. Fica aí tentando, tentando, não obstante as provas irrefutáveis de que tudo vai dar errado. Você é o único a acreditar e isso não basta. Teimoso! Desista! No final só dói!

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Amor nos tempos de hoje


Estou relendo pela terceira vez "O Amor nos Tempos do Cólera", de Gabriel García Márquez, provavelmente o meu predileto.

Acabei de reler um parágrafo que há uns quatro anos eu havia sublinhado, que descreve quando, em um dos jogos triviais da rotina do casal, os primeiros trinta anos de vida em comum de Fermina Daza e Juvenal Urbino estiveram a ponto de se acabar porque um dia qualquer não havia sabonete no banheiro:

"El incidente, por supuesto, les dio oportunidad de evocar otros, muchos otros pleitos minúsculos de otros tantos amaneceres turbios. Unos resentimientos revolvieron los otros, reabrieron cicatrices antiguas, las volvieron heridas nuevas, y ambos se asustaron con la comprobación desoladora de que en tantos años de lidia conyugal no habían hecho mucho más que pastorear rencores. Él llegó a proponer que se sometieran juntos a una confesión abierta, con el señor arzobispo si era preciso, para que fuera Dios quien decidiera como árbitro final si había o no había jabón en la jabonera del baño. Entonces ella, que tan buenos estribos tenía, los perdió con un grito histórico:
-¡A la mierda el señor arzobispo!"

Chegaram ambos ao final da vida juntos mas, por causa de uma discussão sobre se havia ou não sabonete na saboneteira, ficaram uns 3 meses sem falarem um com o outro e quase se foi uma chance provavelmente única (de recomeçarem separados ou de ficarem juntos, depende do ponto de vista do leitor). É claro, essa não foi a única razão da briga, pois havia outras pequenas questões latentes, ali debaixo do tapete. Foi o estopim. Mas... o que fazer? Desistir ou enfrentar juntos? Se o amor é verdadeiro, até nos tempos mais difíceis a resposta é óbvia; senão...
Uma pequena reflexão decorrente dessa leitura: "A sabedoria nos chega quando já não serve pra nada".

domingo, 8 de março de 2009

A COISA


Não; não me refiro ao palhaço imbecil que comia criançinhas do Stephen King. Tampouco ao iogurte gostoso do filme trash dos anos 80. Muito menos ao quadro da TV Pirata (ai, que saudade!).

Estou pensando agora na entidade que muita gente teima em utilizar de vez em quando. Tendo a acreditar que seja fruto do pouco pensar. 'Sabe aquela coisa que dá quando a gente...', ou então 'eu senti aquela coisa e, puf...'.

Pior ainda quando o uso dessa entidade polissemântica vem acompanhada dos clichês: "Essa coisa toda não é culpa sua, é minha". "Você é maravilhoso, só que alguma coisa mudou... não é que eu não te ame, claro, mas alguma coisa..."

Paciência! Um dia o vocabulário se expande e vem à tona o real significado disso tudo: o uso d'a coisa' é resultado do medo que costumamos ter de assumir nossas responsabilidades. É muito fácil culpar 'as coisas'. Vejo uns aí dizendo: as coisas não andam bem, por isso estou sem dinheiro ultimamente. Ou então: as coisas não vão bem entre nós, então acho melhor não nos vermos mais.

Que tal se o nosso presidente resolvesse dizer: as coisas no Brasil não vão bem, acho que vou deixar a presidência. Ou se todo casamento acabasse face à essa constatação. Ou a gente resolvesse mudar de profissão porque o emprego atual não anda bem. Caos, caos, caos.

Estabilidade? Difícil nestes dias de egoísmo e escapismo.
Que tal enfrentarmos a verdade? Dói mais no começo, mas dá paz de espírito.

Agora me deixem, que eu vou dar uma fugidinha...

PS: O porquê do bichinho aí em cima? Ele vai ser meu novo companheiro.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Último desejo (ou 'do anel de vidro')

Que esta seja a última vez que eu canto essa musiquinha:

Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo numa festa de São João
Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete
Sem luar, sem violão
Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo, tenho medo de chorar
Nunca mais quero o seu beijo
Mas meu último desejo você não pode negar
Se alguma pessoa amiga pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora, que você lamenta e chora
A nossa separação
Às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto, que meu lar é o botequim
E que eu arruinei sua vida
Que eu não mereço a comida que você pagou pra mim

(...)

domingo, 1 de março de 2009

Crime ou castigo?


Raskolnikov, me diga: você escrevia nas páginas dos livros que lia?

Não era esse também um crime que afligia sua pobre alma de estudante: ver seu Novo Testamento todo rabiscado, expondo idéias, dúvidas e certezas de outrora, agora parecendo as de outrem?

Ou então o fato de nunca ter deixado sua marca em nada, passando por tudo de forma imperceptível, deixado marcas apenas deléveis. Foi por isso que mataste, querendo fazer algo definitivo? Lisavieta foi mesmo um mero acidente?

Você, que queria tanto fazer algo importante... Você, que poderia ter escolhido... mas não o fez. Pena.

(...eu escrevo e, pelo menos nas linhas, fico.)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

1, 2, 3 ... 29...


Não, não é a minha idade...


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sobre a transitividade das coisas mundanas e, como não poderia deixar de ser, dos verbos.

NADA ALÉM

O amor bate à porta
e tudo é festa.
O amor bate a porta
e nada resta.

Cineas Santos.